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  • Foto do escritorLiuca Yonaha

Na era das startups, nem todo negócio precisa ser uma

Atualizado: 2 de mar. de 2020


A Yki não é uma startup. “Mas vocês não trabalham com essas coisas digitais? Tecnologia?” Sim, mas nem toda empresa nova do ramo é uma startup.


As definições mais difundidas no Brasil do que é uma startup frisam duas qualidades, além do fato de ser uma companhia num estágio bem inicial: repetível e escalável. Ou seja, o modelo de negócio baseia-se na oferta de serviço ou produto replicável, rapidamente, em larga escala.


O modelo de negócios da Yki não é repetível e escalável. Pelo menos, por enquanto, da forma como concebemos a empresa e trabalhamos. O que oferecemos para um cliente não é replicável para atender a outro, num copia e cola. Aliás, esse tem sido um diferencial nos nossos projetos porque conseguimos fazer algo bem exclusivo. E o sucesso do nosso modelo de negócio não está baseado em crescimento repentino, em larga escala. O que não quer dizer que não busquemos crescer nem tenhamos planos para acelerar esse processo.


A Associação Brasileira de Startups (ABStartups) segue a definição de Yuri Gitahy, conselheiro da entidade, especialista no assunto, acrescentando ao “repetível e escalável” algo subjetivo:

“É um grupo de pessoas à procura de um modelo de negócios repetível e escalável, trabalhando em condições de extrema incerteza”.
Liuca (à dir.) e Isabela no dia a dia da Yki
As "condições de extrema incerteza" existem para qualquer negócio em sua fase inicial

Sem dúvida, na Yki, trabalhamos em “condições de extrema incerteza”. Afinal, as fundadoras da empresa somos duas mães de criança pequena. Num dia, uma chega feliz porque o bebê dormiu a noite toda, mas a outra está acordada desde as 4h da manhã ouvindo que a “roda do ônibus gira, gira, gira, gira… pela cidade”. Noutro, uma avisa que vai trabalhar de casa porque a criança está com febre e a outra vai sair mais cedo porque tem reunião na escola. E assim vai. Mas, assim como as crianças, nenhum cliente fica na mão por causa da “extrema incerteza”.


Brincadeiras à parte, essa expressão “condições de extrema incerteza” vem da definição mais conhecida no Vale do Silício, do americano Eric Ries, autor de A startup enxuta:

“Uma startup é uma instituição humana destinada a criar novos produtos e serviços sob condições de extrema incerteza”.

Obviamente, já me peguei algumas vezes sonhando em ter uma sacada genial para que a Yki pudesse ser uma startup. Então, poderia dizer daqui a uns anos que, em dado momento, “pivotamos”, mudamos nosso modelo de negócio. Afinal, quase toda startup de sucesso tem de “pivotar” – palavra de ordem dos “mentores” nos eventos de empreendedorismo. Porque, se você tem só um conselheiro, orientador, você nunca poderá ser um empreendedor de sucesso no mundo das startups. Mais um motivo que explica por que a Yki não é uma startup.

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